A data costuma ser lembrada por meio de eventos públicos e escolares, visando a igualdade racial e eliminação do preconceito. Na segunda-feira (21), aconteceu em Hulha Negra, na Biblioteca Municipal Dra Nóris Paiva, a segunda etapa do projeto organizado pelas professoras Adriana Mendes e Renata Figueiredo com relação ao tema. O primeiro ocorreu em maio deste ano com exposição de trabalhos elaborados por alunos do pré ao 9º ano com o objetivo de conscientizar sobre a importância do negro e da cultura afro.
Segundo a professora Adriana, trabalharam professores e alunos que não participaram da primeira etapa. Acerca dos resultados da exposição, a professora avaliou de forma muito positiva. “A exposição foi muito linda, correspondeu a várias expectativas, principalmente a conscientização dos alunos e a comunidade sobre o significado da cultura negra, da história, da moda, alimentação e muito mais. No próximo ano letivo as culturas afro e indígena passam a ser incluídas de forma interdisciplinar”.
A Mostra ficou exposta para a visitação durante todo o dia e a Prefeitura de Hulha Negra, por meio da secretaria municipal de Educação e Cultura (SMEC), organizou para que todos os alunos da rede municipal tivessem a oportunidade de visitar a exposição. O sucesso do evento foi tão satisfatória que os materiais ficaram expostos por mais três dias, para que a comunidade também pudesse apreciar a arte.
A secretária municipal de Educação e Cultura, Adriana Martinez Delabary, destaca que este tipo de atividade fará parte das ações escolares de maneira mais ampla, já para o próximo ano. No primeiro semestre será inserido atividades culturais e de pesquisa sobre os povos indígenas, por exemplo.
MAIS SOBRE A DATA – Zumbi foi morto nesta data em 1695, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Atualmente existe uma série de estudos que procuram reconstituir a biografia desse importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.
A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.
Com isso, o 20 de novembro se tornou a data para celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão no Brasil. Por essa razão, o Treze de Maio, data em que a abolição da escravatura aconteceu, foi deixado de escanteio. O argumento utilizado é que o Treze de Maio representa uma “falsa liberdade”, uma vez que, após a Lei Áurea, os negros foram entregues à própria sorte e ficaram sem nenhum tipo de assistência do poder público.